O que “Boyhood” nos diz sobre o tempo?

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“Boyhood” conseguiu realizar um feito raro: em algumas cenas ao longo das quase 3 horas de filme, ele me fez chorar. Isso, porém, não foi resultado de grandes tragédias, mortes ou qualquer evento dessa natureza no enredo – mesmo porque essa não é a proposta da obra.

Na realidade, sua capacidade de sensibilização encontra-se na mensagem exposta de maneira sutil: o tempo passa depressa. E, apesar desse pensamento estar presente em inúmeras produções, “Boyhood” trouxe algo de inovador: a filmagem realizada, no decorrer de 12 anos, com os mesmo atores. Desse modo, as mudanças físicas dos personagens nos são apresentadas de modo pouco perceptível, até por fim nos darmos conta de que o garotinho do começo do filme é o mesmo rapaz encontrado no desfecho.

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Talvez o desenrolar da história torne-se um tanto monótono para alguns: afinal, como já foi dito, as três horas da produção não compreendem enormes reviravoltas. Contudo, para mim, esse foi um dos motivos pelos quais a experiência de conhecê-la veio a ser ainda mais especial. Isso porque, se por um lado os eventos parecem ocorrer lentamente, por outro, ao final do filme, somos capazes de perceber o tanto que se passou nesse período.

É uma ideia quase ilógica e, ao mesmo, muito presente em nossa vida. Quem nunca teve a impressão de que o tempo está transcorrendo bem devagar, a “passos de tartaruga”? E, no entanto, quando relembramos o passado, percebemos o quanto tudo passou depressa…

Em resumo, eu simplesmente amei o filme e o indico a qualquer pessoa! Por fim, gostaria de concluir o texto trazendo um poema de Mário Quintana – que, mesmo breve, causa-nos impacto e tem estreita relação com o tema.

 

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Para quem não sabe, sou apaixonada pelo livro “It – A Coisa”, do Stephen King. Por isso, estava há muito tempo ansiosa pela mais nova adaptação cinematográfica. Assim que o filme foi lançado, busquei imediatamente o que as pessoas vinham falando sobre ele, e confesso que, se minhas expectativas já estavam altas, elas aumentaram ainda mais com as boas críticas que li. Felizmente, a obra não me decepcionou.

“It – A Coisa” conta a história de sete crianças (Bill, Richie, Mike, Ben, Beverly, Eddie e Stan), todas moradoras da cidade de Derry, onde estão ocorrendo diversos desaparecimentos. Somente elas sabem o responsável por essas tragédias: uma criatura horrenda que toma a forma dos medos das pessoas, embora comumente apareça sob a figura de Pennywise, o Palhaço Dançarino.

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Apresento-lhes Pennywise. Sorrisinho simpático, não?

Como fã da história, esperava, é claro, uma grande interpretação de um dos vilões mais bizarros da literatura, e o ator Bill Skarsgård não deixou nada a desejar nesse quesito – a ironia, as risadas, o jeito único de Pennywise, tudo estava perfeito! Contudo, não há dúvidas de quem mais brilhou no filme: as crianças. Os personagens foram desenvolvidos muito bem, cada um com seus próprios medos e personalidade. Simplesmente amei encontrar na telinha esses indivíduos que me cativaram tanto no livro!

Aliás, um dos pontos fortes da obra está no fato de funcionar tanto como adaptação cinematográfica, como também filme em si. Os personagens cativaram tanto o público que esse riu, gritou, torceu em diversas cenas. Afinal, “It – A Coisa” não é puramente uma história de terror, mas sobre amadurecer, enfrentar os medos e a importância da amizade nesse processo.

Então, se você não assistiu ao filme, assista. Se não leu o livro, leia. Assim como eu, você se verá fascinado por esse universo. Cada pedacinho de mim deseja que o Capítulo 2 seja tão bom quanto o primeiro, embora no fundo eu teria gostado de ver essas personagens sempre crianças. Mas essa é a vida real: todos crescem, e a magia da infância não dura para sempre. Com o Clube dos Perdedores, isso não será diferente.